A líder carismática do aespa, KARINA, recentemente compartilhou momentos únicos e reveladores em uma entrevista para a edição de agosto da revista W Korea. Em um bate-papo descontraído e sincero, KARINA falou sobre a experiência de estar em turnê mundial, seus desafios pessoais e profissionais, e como tem evoluído tanto como artista quanto como indivíduo. Além disso, a entrevista foi acompanhada por um deslumbrante ensaio fotográfico em parceria com a PRADA.
Isso mesmo. A turnê mundial, que continuará até o início do próximo ano, acabou de começar. Depois da apresentação de ontem, todas nós jantamos juntas.
Tinha que ser samgyeopsal, claro. Comemos muito, uma quantidade absurda (risos).
Com certeza. Durante a primeira turnê, parecia que eu estava apenas seguindo instruções. Mas desta vez, é difícil encontrar alguma parte em que eu não tenha participado ativamente. Trabalhamos juntas na setlist e nos envolvemos profundamente na direção do palco. Para meu solo, inicialmente seria apenas coreografia, mas sugeri adicionar cortes de silhueta no final da música. Foi um pedido feito no dia do ensaio, e sou grata por terem aceitado.
Haha, parece que a empresa também tem uma visão positiva sobre isso. Não só o meu solo, mas os solos das outras integrantes também foram tão bem comentados que acho que haverá discussões sobre lançá-los no futuro. Tentei o hip-hop old-school pela primeira vez com Up, um gênero que sempre quis experimentar. Até agora, trabalhei principalmente com gêneros EDM, e adoro especialmente a dança hip-hop. Parece que o coreógrafo estava realmente determinado com a dança desta vez — tipo ‘Tudo bem, preparamos o palco, agora arrasem com a dança!’
Isso mesmo. Já estou sentindo falta da comida coreana e um pouco ansiosa sobre o quão ocupada vou ficar, mas quando estou no exterior, eu sou a que mais gosta de se divertir. Sempre faço questão de sair e explorar quando tenho tempo livre. Meu empresário acaba trabalhando demais por minha causa.
Sou do tipo que visita todos os pontos turísticos famosos daquele país. Às vezes, quando meu empresário me diz para evitar áreas turísticas lotadas, eu respondo alegremente: “Então, vou fazer meu cabelo e maquiagem eu mesma e ir bem bonita!” (risos)
Eu fico extremamente nervosa toda vez que performo. Minhas mãos frequentemente suam de tensão e eu brinco com as meninas nos bastidores dizendo: “Devo simplesmente fugir?” Quando estou nervosa, minha mente fica em branco, então costumo praticar duas vezes mais que as outras. No primeiro dia da turnê mundial do ano passado, cometi muitos erros no palco. Foi tão estressante que fiquei me monitorando até de madrugada e subi ao palco no dia seguinte parecendo que havia acabado de acordar. Sinto que preciso ser digna e confiante em mim mesma para performar no palco. Assim, posso aproveitar um pouco mais a performance.
Olhando para trás, ainda estou um pouco insatisfeita com essa performance. Mas naquela época, acho que foi o melhor que poderíamos fazer. Como foi durante a pandemia, tivemos que performar apenas com as luzes das câmeras e sem público. Ainda lembro da pressão que sentimos. Sendo o primeiro girlgroup da SM em seis anos, estávamos sob olhares minuciosos. Parecia que tínhamos que provar algo naquele palco. Olhando para nossa estreia agora, os movimentos de dança e gestos parecem um pouco embaraçosos, mas realmente amo a atmosfera daquela época. Posso sentir a determinação das meninas. Assistindo à performance, algumas de nós até estão sangrando porque nos ralamos com aquelas roupas. Mas até isso me parece tão bonito agora. Me faz pensar: “Ah, vocês foram ótimas.”
Sim. Na verdade, houve muitas apresentações das quais me senti envergonhada. Performance onde errei as notas ou cometi erros na coreografia. Mesmo que esses erros possam ser esquecidos pelos outros com o tempo, eu os lembro. Quando minha família assiste a esses vídeos de performances, eu digo: “Por favor, assistam quando eu não estiver por perto!” Um erro parece tão significativo para mim que me motiva a buscar mais perfeição.
Aparentemente sim. Eu costumava ter bastante problema com isso. Sou muito dura comigo mesma, mas bastante indulgente com os outros. Mesmo quando enfrentei situações onde outros me causaram mal, eu suportava sozinha em silêncio. Mas recentemente, sinto que estou mudando para uma direção mais saudável. Agora, digo não quando algo não está certo e tento expressar minhas emoções da forma mais aberta possível.
Em grande parte, graças as integrantes do grupo. Nós quatro somos muito honestas umas com as outras. Compartilhamos nossos verdadeiros sentimentos sem hesitação, incluindo coisas que não gostamos, o que gostaríamos de mudar e até feedback sobre nossas expressões no palco. Se há ciúmes, falamos abertamente sobre isso, expressando o que invejamos umas nas outras. Também somos muito diretas com a equipe com quem trabalhamos, o que faz com que eles cuidem muito bem de nós. Colegas veteranos até dizem que é raro encontrar uma equipe como a nossa. Acho que esse ambiente de apoio tem sido o principal fator na minha mudança.
Sim, exatamente. Só de olhar para o videoclipe de Armageddon conseguimos ter uma ideia… (risos).
(risos) Sim, é verdade. Foi a filmagem mais longa para um videoclipe que já fizemos. Acho que levou cerca de 4 a 5 dias. Estamos muito gratas. Afinal, a empresa acreditou em nós e fez investimentos ousados tanto em custo quanto em qualidade. A preparação para este álbum foi definitivamente diferente. Houve muitas reuniões, e nos preparamos de maneira mais sistemática e focada do que nunca. Tivemos duas faixas-título, e fiquei feliz como Supernova saiu com um ar de frescor e novidade, e Armageddon atendeu às nossas expectativas.
Antes do lançamento do álbum, nós discutimos muito sobre isso. Pensamos que Supernova seria popular entre o público em geral e que Armageddon seria apreciada por nossos colegas da indústria. Antecipamos que as reações às duas faixas seriam bastante diferentes. Supernova, com seus elementos frescos tanto na sonoridade quanto nos visuais, provavelmente receberia uma resposta de “É divertido”, enquanto Armageddon, com sua coreografia impressionante, som e CGI, chamaria a atenção dos insiders da indústria. Ambas são ótimas, mas como artistas, naturalmente temos um apego maior por Armageddon.
Desde o nosso debut, o nosso conceito tem sido bem claro. É ótimo que nosso conceito tenha se tornado definitivo para nós, mas às vezes parecia que estávamos confinados a ele. Algumas pessoas podem pensar que só somos capazes de atuar dentro desse conceito. No entanto, durante as promoções de Spicy no ano passado, senti uma espécie de renovação. Era como se estivéssemos presas no mundo avatar e de repente aterrissássemos no mundo real por um tempo. As atividades de Spicy ampliaram nossa perspectiva. Desde então, temos nos envolvido mais ativamente no processo de produção, sugerindo ideias como: “E se incorporássemos isso ao nosso universo?” ou “Esse som poderia nos representar melhor?” Com as atividades deste ano, Armageddon, sinto que temos uma compreensão mais clara da identidade do nosso grupo. Não tenho mais dúvidas sobre isso. Há uma crença forte de que “Já que estamos fazendo isso, é a nossa música.”
Sim, definitivamente estamos seguindo nosso próprio caminho (risos). Não acho que precisamos abrir mão do nosso estilo único. Com essa crença, se continuarmos no nosso próprio caminho, acredito que definitivamente haverá pessoas que nos seguirão. E o conceito ‘metal‘ é realmente o que fazemos de melhor. Se de repente voltássemos com um conceito mais suave algum dia, pode ser que pareça um pouco estranho para as pessoas. Para ser honesta, não somos muito boas em sorrir docemente para a câmera. Preferimos olhares mais intensos… (risos).
Eu realmente amo programas de variedades. Sempre gostei muito de TV desde pequena e era uma verdadeira ‘criança de variedades’. Gosto de conhecer pessoas, estar ativa e conversar — gosto de tudo isso.
Estou corando só de pensar nisso, não sei para onde olhar… (risos). Minha personalidade mudou bastante. Eu costumava ser muito tímida e só respondia às perguntas que me faziam. Mas, em algum momento, me tornei mais extrovertida. Todos os tipos MBTI das meninas começaram com ‘E’ (extrovertido), mas eventualmente, uma por de cada vez, elas se tornaram ‘I’ (introvertido), e agora sou a única do tipo ‘E’ que restou. Desde então, sinto uma necessidade forte de fazer todas rirem! Muitas vezes me pego dançando, fazendo piadas e cantando na frente das três integrantes introvertidas (risos).
Eu sou uma verdadeira ‘Pink Blood’ no coração. Fui uma grande fã da SM desde jovem, por isso entrei para a empresa. Eu era uma fã apaixonada de Girls’ Generation, f(x) e Red Velvet, então entendo bem o que é ser fã. Sei como essas unnies me faziam dizer ‘Ah! Oppa!’ quando elas se aproximavam, e é por isso que sinto que posso me conectar bem com nossos fãs.
Isso mesmo. Atualmente estou ativa como KARINA, mas durante minha vida inteira fui a Yoo Jimin. Quero lembrar os fãs disso de forma sutil e também espero que eles me vejam como uma pessoa, e não apenas como a KARINA.
Eu mesma. Sempre penso sobre o que me faz feliz no que eu faço.
Minha mãe. Ela é enfermeira, mas seu sonho original era ser poetisa. Ela lê muito e me envia livros todo mês. Um dos momentos que mais prezo é ler livros com ela e discuti-los. Ela também me escreve cartas com frequência, sempre me lembrando: “A família está sempre do seu lado. Mesmo que passemos menos tempo juntas fisicamente, você está sempre em nossas conversas. Nunca se esqueça de que você sempre tem um lugar para voltar.”
Sim, “The Kitchen of Sixteen Nights”. É um romance chinês com uma premissa única. Após a morte, todos passam por um lugar chamado “Cozinha do Inferno”, onde você pode pedir qualquer comida que mais desejou na vida. Enquanto lia, não pude deixar de pensar nos noodles picantes de marisco da minha mãe. É uma tigela feita com amor e muito aipo d’água, que eu adoro. Nada me apoia tanto quanto a família. Mesmo quando estou mal, me lembro que “Eu sou amada” e “Eu sou importante.”
Estou planejando ir para a Ilha de Jeju. Só estive lá uma vez, e foi uma viagem com meu pai antes do debut. Fizemos as coisas habituais, como ver camélias, comer carne de porco preta e andar a cavalo, e tenho ótimas memórias dessa viagem. Desta vez, gostaria de ficar em uma pousada onde eu possa interagir com outros viajantes. Se o tempo permitir, seria ótimo ir com as integrantes ou até mesmo com minha irmã.
Eu escolheria a camiseta oversized em tom de rosa. Parece perfeita para um destino de férias. Ficaria ótima apenas jogada sobre o corpo ou até mesmo usada aberta sobre um maiô.
“Como posso ser mais feliz?” Estou constantemente em busca dessa resposta. Como tenho um trabalho em que fico na frente de muitas pessoas, quero encontrar essa resposta rapidamente e compartilhá-la com todos.